segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

1º Duelo de textos

Durante todos esse dias ausentes eu caminhei. Caminhei durante dias, surfei em áreas desconhecidas da internet até encontrar o 1º Campeonato de textos de stand up. Entrei de corpo e alma, mais de alma do que de corpo, até atingir o foco do tema: "Saúde pública e praia".

[continua no próximo post]

Brincadeira, o negócio é esse mesmo gente, participei recentemente do 1º Duelo de Textos de Stand Up, não era uma coisa grande, era promovido por uma comunidade do orkut: "Humor stand up e Improvisação". Mas, por votação meu texto foi eleito o melhor, então posto ele aqui pra vocês.
Não foi meu melhor texto, ok?

"Eu amo praia! Não há nada melhor do que um calor infernal, água salgada grudenta e vendedores ambulantes gritando na sua cabeça. Eu faço questão de sair de Minas Gerais pra ir em uma praia, pra sentar, beber minha cerveja e ficar olhando o mar, o mar, o mar, uma onda, mais mar, mar infinito, mais uma onda, mar, mar e mais mar. Até que eu não resisto e entro na água, e mineiro na água é fogo, ele entra e experimenta a água, tem que ver se é salgada mesmo né, depois vai lá no fundo porque quer buscar a onda maior pra pegar jacarezinho, e ainda sai engolindo aquele monte de água de brinde. Meu pai que tem pressão alta não sabia se morria afogado ou de ataque cardíaco.

Depois tem o salva vidas né? Ele já identifica os mineiros bobos de longe. É disso que eu mais gosto, porque eu piso na água ele já sai correndo pro meu lado apitando, eu sempre volto, rolando junto com a onda e com a sunga cheia de areia. Aí você entra denovo pra tirar a areia, dá aquela abaixadinha básica, dá abaixa a sunga e dá uma limpadinha, aí é na hora que você abaixa a sunga que o mar volta e mostra pra todo mundo o pãozinho de queijo mineiro.

Já os vendedores ambulantes é outro caso, eu não saio da praia sem ao menos 4 óculos escuros, 3 cangas que a minha mãe comprou, 5 tatuagens de henna e uma caixa cheia de palitos de picolé. Sem contar nos camarões, ostras, pizza, empada, queijo mineiro. Pausa no queijo mineiro. Que tipo de pessoa sai de Minas Gerais e vai até o litoral pra comer queijo MINEIRO? É a mesma coisa de você sair da Bahia pra ir em Brasília comer acarajé.

E família também é um desespero na praia, é tanta hiperatividade que tem que cava um buraco enorme só pra enterrar alguém, pra que? Lógico, se eu fosse casado eu enterraria minha sogra, só que antes eu ia acertar ela com uma pá na cabeça. Minha mãe é que fica hiperativa, não sei que tipo de anfetamina que ela toma que ela não para um segundo: “Meu filho, não vai pro fundo. Meu filho não bebe demais. Meu filho não faz isso. Não tenho dinheiro pra comprar pastel. Meu filho, você acabou de chupar um picolé. Meu filho se cagar na areia recolha. Meu filho vem cá pra eu passar protetor solar.” Passar protetor solar, tem coisa pior do que alguém te amolando pra passar filtro solar, além do Pedro Bial? Tem. Passar protetor solar com o corpo cheio de areia.

Mas enfim, se você também acha que sua família quando vai na praia vira o alvo de ridicularidade, lembre-se que existe coisa pior, ver o Serguei comendo a Janis Joplin na praia de Copacabana."