sexta-feira, 12 de novembro de 2010

De volta ao armário - Parte 1


Era uma noite silenciosa, mais silenciosa do que o normal. Eu estava sentado no meu quarto ao som de “Como uma Deusa” no notebook e comendo bolo de cenoura com cobertura de chocolate da Dr. Oetker.
Eu lia matérias de um Blag que não vou citar nomes porque não posso fazer merchandising, mas era um blag que contava alguns casos sobrenaturais, às vezes matérias sobre lugares ou até sobre lendas urbanas. A nova atualização era sobre uma certa Blood Mary, lembrei-me do episódio do Supernatural (1º temporada) onde eles tinham que caçar a Blood Mary, passei uma semana sem entrar no banheiro temendo a aparição daquela garota (não ouso citar o nome dela pela terceira vez).
Quando repentinamente a música da Rádio Uol parou de tocar, senti um frio descer-me a espinha, seria a Maria Sangrenta querendo mais olhos para sua coleção? Me olhei no espelho e vi meu olhos ficarem vermelhos, tão vermelhos que nunca tinha visto igual. E agora o que seria de mim? Estava sozinho em casa sem ninguém para me socorrer, meus olhos iam estourar e o sangue iria escorrer a qualquer momento, eu ia morrer.
Entrei no MSN e coloquei como subnick: “Socorro, tem um fantasma querendo me assassinar, é aquele que arranca os olhos da pessoa, e não ouso falar o nome”. Nesse mesmo instante uma janelinha já piscou. Era o Bazilhu:
- É a Blood Mary?
- É sim, me ajuda, liga ai pro Padre Quevedo senão eu vou morrer!
- hahahahaha, você fumou aquele bagulho que eu te dei?
- Sim, guardei a ponta pra você! Mas me ajuda agora, meus olhos vão sair sangue, já estão vermelhos.
- kkkkkkk, isso é culpa da erva,você fumou muito rápido e te deu paranóia.
Sai do MSN e fechei a rádio Uol, e levantei pra ir na cozinha pegar mais um pedaço de bolo, eu estava com muita fome e comeria o bolo inteiro. Foi ai que escutei novamente a música “Como uma Deusa”, comecei a dançar loucamente até lembrar-me que tinha fechado a Rádio Uol. O som na verdade estava vindo do armário, lembrei do espelho que tinha na parte interna da porta do guarda-roupa, se eu abrisse a Maria Sangrenta iria me pegar, mas pensei que podia ser paranóia minha, eu tinha que abrir aquela porta e descobrir o que estava causando tudo aquilo.
Peguei um óculos escuro, assim eu não veria meus olhos vermelhos no espelho, não correria o risco de ter mais uma “viagem torta”, a música tocava insistentemente, minhas vontades se dividiam em dançar loucamente e gravar pra por no YouTube, fumar a ponta e não guardar para o Bazilhu, comer todo o bolo da Dr. Oetker e abrir a porta do guarda-roupa.
Como em toda história de terror optei por abrir a porta do guarda-roupa, a opção mais idiota! Toquei a fechadura da porta e abri num solavanco, foi ai que eu vi...


[continua]

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