sábado, 24 de julho de 2010

Blitz policial



Estava eu dirigindo o carro do meu pai, tranqüilamente bêbado às 2 horas da madrugada. Quando me sinto perseguido por luzes vermelhas que piscam. Não, não era uma nave espacial, muito menos o palco do show da Madonna, era uma viatura policial que pedia pra eu encostar o carro. O meu estado etílico era tão intenso que ao ver o policial aproximando da minha janela falei sem pensar:

- Se eu mostrar o pinto você me libera?

- Que absurdo! Que desacato é esse?

- Oi? – disse eu sem resposta

- Qual é o seu nome?

- Não vou falar.

- Olha, você está em atitude suspeita, vou ser obrigado a leva-lo pra delegacia.

- Claro, dentro desse Gol quadrado caindo em pedaços qualquer um fica suspeito, isso é carro de bandido, coloca o Papa aqui dentro e coloca Racionais pra tocar, e ele vira um marginal criminoso.

- Nome, endereço e profissão.

- Não, não digo, eu não tenho medo de você.

[Policial saca a arma]

- Marcel Henriques Lima Oliveira. Rua das Letras, 19. Estudante.

- Viu como é fácil? Liberado.

Liguei o carro e fui saindo, quando estava lá na frente não resisti:

- É tudo mentira, se você acha que vai me submeter com esse seu poderzinho está muito enganado, muito enganado, beijos.

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